Fiquei surpresa com o comentário do jornalista Paulo Markun sobre a não obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão. Poxa, logo o Markun, profissional tão admirado no meio. Ex-presidente da Fundação Padre Anchieta, ele defende a graduação como forma de qualificar a profissão, mas considera a obrigatoriedade "desnecessária e prejudicial".
Pausa para reflexão.
Cultura é algo que o ser humano aprende nos meios em que vive e convive, os livros que lê, os filmes que vê, a vida que leva. Todos somos comunicadores, é verdade, mas passar por uma universidade é fundamental. Sabemos também que há cursos e cursos, não só de jornalismo, mas de outras profissões.
O que não aceito é uma pessoa participar de um concurso, por exemplo, e se candidatar a uma vaga de jornalista, mas o edital informa que pode concorrer àquela vaga quem tiver qualquer nível superior. Aí não dá.
Quando Markun diz que defende a graduação por ser uma forma de qualificar a profissão de jornalista, ele está abrindo muitas exceções. De que adianta qualificar a profissão se o jornalista diplomado, que cursou 4 anos de faculdade pode perder a vaga para outro profissional? O bom jornalista tem a obrigação de ser um eterno curioso, capaz de transmitir ideias. Sou a favor de uma capacitação profissional. Sou jornalista por formação.
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